Em 2016 as alunas Amanda Müller Guadiz e Nicolle Dourado, do 9º ano, procuraram a direção do Colégio com a ideia de criar uma optativa em que alunos dos 8ºs e 9ºs anos poderiam discutir sobre representatividade e empoderamento feminino. As professoras responsáveis pela optativa foram Ana Clara Cassanti e Caroline Florindo.
Nos dias 09 e 10 de novembro, Amanda e Nicolle apresentaram, na parte de Ciências Humanas na Mostra 3M, o projeto desenvolvido ao longo do ano, conquistando a 2ª colocação. O próximo passo é a Mostra dos Finalistas FEBRACE, que acontecerá em março de 2017. Ocorreu também, como continuidade do projeto, uma mostra de artes com trabalhos feitos pelos alunos da optativa em conjunto com Raquel Vitorello, artista que trata de Empoderamento Feminino.
No dia 01 de novembro, as alunas e professoras responsáveis pela optativa realizaram no Colégio o evento Mesa Redonda, com o intuito de trazer ao público diversas opiniões vindas de especialistas sobre o empoderamento feminino. Estavam presentes Helio Hintze – Sociólogo e professor universitário; Amanda Isabella e Sarah Mantuan – Estudantes; Miguel Atênsia – professor de teatro no Koelle; Alda Maria – bailarina que trabalha com empoderamento na dança; Ana Carolina Monzon – professora de artes no Koelle e Caroline Florindo – representante do grupo bandeirante e professora de educação tecnológica na escola. Foram também debatidos a opressão feminina nos dias atuais, o preconceito racial, a presença do machismo desde o início da civilização, e a quebra do estereótipo de que o feminismo, luta pela equidade entre os gêneros, é o oposto de machismo.
Quando buscamos no dicionário pelo termo “machismo”, o que aparece é: ação ou modos de macho (‘valentão’) e exagerado senso de orgulho masculino. Tal palavra, constituída pela valorização das características físicas e culturais referentes ao sexo masculino frente ao feminino, já está presente no mundo todo há muito tempo.
No Brasil, foram necessárias muitas décadas de lutas e reivindicações para que as mulheres obtivessem alguns direitos. Durante os períodos colonial, imperial e grande parte do republicano, não houve nenhuma lei de proteção de gêneros. O direito ao voto feminino foi concedido apenas em 1933. Com poucas leis e pouca proteção, a agressão matrimonial passou a ser aceitada no cenário brasileiro. Um exemplo é Maria da Penha, que foi várias vezes espancada pelo marido e ainda assim ignorada pelo Estado. Até que, em uma das agressões, Maria ficou paraplégica. Diante da indiferença das nossas leis, ela foi até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, e processou o Estado brasileiro.
Dentre tantos fatos, conclui-se que o machismo é a crença de que os homens são superiores às mulheres, “líderes supremos”. O ser machista não aceita a igualdade entre homens e mulheres, assim se contrapondo ao feminismo.