É notória a presença da tecnologia em nossa rotina e está se tornando cada vez mais difícil viver, trabalhar ou estudar sem acessá-la nas mais variadas plataformas.
Eu, como cineasta, além das facilidades, percebo a grande mudança que se verifica no modo de nos comunicarmos. No cinema, a tecnologia digital mudou a forma de captação de imagens/sons como também revolucionou a difusão a partir do VOD (Video On Demand) como a Netflix. Através da minha participação nos maiores festivais internacionais, ficou cada vez mais fácil deduzir como será o futuro com as novas tendências na área audiovisual nos próximos anos. Uma delas é a Realidade Virtual.
No ano passado tive a honra de ter meu filme “Meninas Formicida” selecionado para a Competição Oficial da 74ª edição da Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica – Biennale di Venezia, o Festival mais antigo de cinema no mundo, que acontece anualmente em Veneza. Além do cinema, a organização La Biennale realiza os maiores festivais/mostras de arquitetura, música, dança, teatro e artes plásticas. Ali não apenas vi novas tendências do cinema, como também em outras Artes. Dentro do evento há a pioneira Mostra Competitiva em Realidade Virtual. Foi assim que ocorreu o meu primeiro encontro com esta linguagem.
A Realidade Virtual consiste em conteúdos audiovisuais captados no ângulo de 360°. O espectador, utilizando um tipo especial de óculos (headset) entra literalmente num universo virtual, podendo se mover, vendo diferentes ângulos da cena. É fascinante a mudança que ocorre na percepção do mundo à nossa volta; não mais de modo passivo, mas como partícipes dentro desse ambiente inusitado.
Instituições e empresas como a ONU, Google e o Facebook já utilizam essa plataforma para oferecer um novo ponto de vista da realidade, ampliando a nossa capacidade de comunicação, interação e aprendizado. Não apenas nas artes, mas em outras áreas do conhecimento como educação, história, ciência ou filosofia.
Essa tecnologia nos permite estar “juntos” ao outro, conseguindo sentir como seria conviver no mesmo ambiente sem precisar estar fisicamente. Assim podemos explorar ruínas gregas, a Floresta Amazônica, a Via Láctea ou mesmo visitar uma família na Síria.
Inspirado nessas possibilidades que se abrem, estou desenvolvendo alguns projetos em Realidade Virtual, inclusive aqui em Rio Claro. E muito em breve, haverá uma grande novidade aqui no Colégio Koelle! Uma oportunidade inédita aos nossos alunos.
Dicas de aplicativos em Realidade Virtual: