É importante que tanto a família quanto a escola ofereçam atividades para crianças autistas que possam realmente desenvolver as habilidades e competências.
Para isso, diversas coisas são necessárias: parceria entre família e escola, organização, objetividade e, principalmente, alinhamento para que o trabalho seja contínuo e efetivo.
No artigo, explicaremos tudo isso melhor! Confira.
Como definir atividades para autistas?
Antes de começar a aplicar atividades em casa com crianças no espectro do autismo, é preciso entender como escolher o que vai ser feito.
Um dos pontos mais importantes é ter a consciência de que nenhum indivíduo com TEA (transtorno do espectro autista) é igual. Por isso, não existe receita pronta de atividades que podem ser aplicadas.
Afinal, pessoas neurotípicas — ou seja, quem não tem nenhuma alteração no desenvolvimento neurológico, como é o caso de pessoas que não estão no espectro do autismo — também têm resultados diferentes com o mesmo estímulo, não é mesmo? Por isso, é preciso avaliar cada caso.
Ainda assim, algumas instruções gerais devem ser seguidas:
1. Traçar metas para a criança no espectro do autismo
É essencial ter metas claras de quais habilidades precisam ser desenvolvidas na criança naquele momento. Isso, novamente, irá variar de acordo com cada caso e os comportamentos do aluno, mas alguns exemplos são:
- conseguir fazer a criança ficar sentada para assistir à aula;
- ter uma refeição inteira com a criança sentada;
- escrever com lápis pela primeira vez.
Todas essas metas podem — e, muitas vezes, devem — ser divididas em um sistema progressivo. Por exemplo, trabalhar com a criança sentada na sala de aula cinco minutos por vez, depois aumentar para dez e assim por diante.
2. Ter conversas entre pais, escola e profissionais que acompanham a criança
Comumente, crianças com TEA são acompanhadas por um time profissional multidisciplinar, além da família. Por isso, também é crucial que essa equipe esteja envolvida na definição das atividades que serão realizadas em casa e no espaço escolar.
Assim, é possível ter mais clareza do que é realmente necessário para a criança, além de garantir que os estímulos farão sentido em todos os espaços que ela frequenta.
3. Reforçar as atividades que a criança realiza bem e tem afinidade
Uma das práticas mais comuns para estimular crianças no espectro autista é adaptar tarefas tradicionais. Ou seja, atividades para crianças autistas nada mais são que exercícios usados para todas as crianças, mas com ajustes que se adaptam às suas necessidades.
Por exemplo, se o pequeno não demonstra interesse em segurar o lápis para escrever, mas gosta de brincar com areia, as tarefas para ensinar vogais e consoantes podem ser feitas em uma caixa de areia. O mesmo pode ser feito com massinha de modelar, se a criança preferir, ou qualquer outro material.
O que vai definir, no final das contas, o verdadeiro desenvolvimento da criança é a união entre as práticas adotadas em casa e no espaço escolar. Essa aliança é muito valiosa para qualquer criança.
Se você quer entender mais sobre, conheça o papel da parceria entre família e escola na alfabetização! Com isso, todas as metas de alfabetização estabelecidas para os seus filhos podem ser atingidas de maneira mais fácil e completa, já que todos — pais e escola — estarão a par das técnicas e necessidades.