Os primeiros anos escolares são os que a criança inicia o contato com pessoas de fora da sua família. Nesse momento, é essencial abordar questões como a diversidade. Afinal, será uma experiência nova e ela deverá entender que conviver com as diferenças é algo positivo e que é necessário respeitar a todos à sua volta.
Para abordar essas questões da melhor maneira possível e também aprender um pouco mais sobre o tema, leia o artigo até o final.
Por que falar sobre diversidade com a criança desde cedo?
Quanto mais cedo o tema diversidade é abordado com as crianças, melhor será a sua adaptação escolar ao interagir com os colegas de classe e também professores. Isso acontece porque o aluno sentirá maior segurança e familiaridade com pessoas com fenótipos diferentes.
Quando o pequeno não é preparado para conhecer pessoas diferentes de sua família, ele pode inclusive replicar atitudes preconceituosas, pois irá se sentir ameaçado com aquela situação distante de sua rotina.
Por isso, é de extrema importância realizar a inserção de referências diversificadas no dia a dia do seu filho, além de falar de forma simples e honesta sobre a existência do preconceito e como ele é um problema que atinge a todos, mas que precisa ser trabalhado.
Como falar sobre diversidade com uma criança?
Para que o tema seja tratado com naturalidade por ambas as partes, confira algumas maneiras práticas de abordar o assunto com o seu filho:
Leia livros com personagens de diferentes etnias e que abordem questões sobre diversidade
A literatura infantil é uma excelente maneira de inserir uma conversa em casa sobre a diversidade, seja com questões voltadas à aparência, cor da pele, cultura e costumes. Há muitos livros que podem ser uma ótima oportunidade para introduzir uma conversa com as crianças, como por exemplo:
- “Amoras”: o primeiro livro do artista Emicida, inspirado em uma de suas músicas, aborda o reconhecimento das diferenças pelas crianças e também o orgulho pela unicidade de cada indivíduo;
- “A revolta dos gizes de cera”: a história retrata uma caixa de gizes de cera que entra em greve. Uma metáfora divertida, que instiga um pensamento criativo dos pequenos sobre os estereótipos dos tons de pele;
- “O cabelo de Lelê”: na narrativa, a personagem Lelê busca entender as razões de seu cabelo possuir vários cachos. Uma trama ilustrativa, que trata sobre o cabelo crespo.
- “Elmer, o elefante xadrez”: nesta divertida história, o elefantinho Elmer nos ensina uma lição sobre pertencimento e sobre o valor e a grandiosidade de sermos diferentes uns dos outros.
Ao final da leitura, busque conversar e refletir com seu filho sobre o que foi contado na história e estimule-o a pensar sobre pontos importantes da narrativa.
Busque trazer o assunto para o dia a dia da criança
Para reforçar o tema da pluralidade, busque se atentar às próprias atitudes e falas perto da criança. Ressalte a beleza de características presentes em outras pessoas fora da família e procure por referências nos desenhos em que seu filho assiste.
Ofereça brinquedos e escolha filmes e desenhos com personagens diferentes da criança. Assim, ela terá, em sua rotina fora da escola, contato com a pluralidade.
Quanto mais o assunto for abordado de maneira rotineira, maior será a naturalidade que a criança irá tratar esse tema. O mais importante é que os pais também estejam dispostos a aprender junto com os seus filhos.
Gostou de saber como abordar o tema dentro de casa? Ele faz parte de um dos pontos da parceria entre família e escola para promover uma educação de respeito e igualdade! Leia o artigo e conheça um pouco mais sobre essa relação.