Foi no dia dois de setembro de 2018 que um grande pedaço de nossa história se transformou em cinzas, se perdeu para sempre junto às chamas da corrupção, fogo que se alimenta do descaso com a cultura.
O Museu Nacional do Rio de Janeiro abrigava e trazia respostas para centenas de perguntas, até mesmo aquelas que nem sequer haviam sido feitas. O incêndio pode ter silenciado palavras e histórias indígenas de línguas que já não existem mais.
A maior mentira do ano é citar o ocorrido como um acidente, parece até uma tentativa de tentar me privar, aliás, nos privar de ver e conhecer nossas próprias origens. Sinto como se estivessem apagando nossa história.
Memórias foram arruinadas com a queda das paredes desse museu, pesquisas de anos, de vidas foram reduzidas a pó. E o que podemos fazer em relação a isso? Será que realmente estamos de mãos atadas ou apenas nos fazem acreditar nisso para calar nossa voz?
Devemos reagir, nos unir, para que isso não ocorra novamente. Só dessa forma conseguiremos salvar o que resta de nossa história e garantir que ela esteja presente em nosso futuro.
por Giovana Gonzales.
imagem: Hora do Povo