Segundo a coordenadora do Ensino Fundamental I, Ana Carolina Gazana Martins, os resultados do período em que os alunos fizeram uso do ensino a Distância, por meio do Projeto KAD, foram muito positivos! Mesmo com todas as dificuldades, a aprendizagem dos alunos não sofreu grandes prejuízos com a metodologia de ensino adotada no ano passado.
Ela conta que a principal mudança ocorrida do ano passado para cá foi que este ano, em especial, as crianças puderam optar pelo ensino híbrido (on-line/presencial) ou 100% on-line. “Os segundos e terceiros anos, por exemplo, têm um dia on-line para quatro presenciais. Enquanto os quartos e quintos anos têm dois dias on-line para três presenciais”.
Esse retorno teve um grande efeito positivo tanto para os alunos quanto para as famílias. “Há relatos de que as crianças mudaram totalmente o comportamento em casa depois do retorno para a escola. O convívio com os amigos e as atividades realizadas em sala geraram um efeito muito positivo, mesmo com as crianças ainda tendo alguns dias de aula on-line durante a semana”, finalizou ela.
O grande desafio tem sido manter um ensino de qualidade para as duas turmas: a do ensino híbrido e da 100% on-line. “Essas turmas funcionam como duas modalidades distintas, que têm suas especificidades e exigem uma adaptação. Não é tudo o que se trabalha no híbrido que se consegue trabalhar com a turma on-line”. Portanto, a escola tem se esforçado muito em manter o ensino de qualidade para essas duas turmas e realizado todas as adaptações necessárias para o bom funcionamento das aulas e da educação dos alunos, respeitando sempre as decisões das famílias.
Além da coordenação, o Colégio também conta com a ajuda de orientadoras pedagógicas, que estão sempre atentas às dificuldades dos alunos e buscando ajudá-los da melhor maneira possível.
Em relação às atividades que são realizadas em grupo, em que há compartilhamento de algum tipo de material, muitas precisaram ser adaptadas. Por isso, para essas atividades os espaços externos estão sendo bastante utilizados pelas turmas, garantindo o distanciamento e permitindo a elaboração das mesmas
Há também a questão do iPad, que não está mais sendo utilizado com as crianças devido às trocas de materiais. A escola tem investido fortemente em tecnologias como projetores e lousas digitais, que estão sendo de grande importância para o ensino.
No mês de fevereiro foi realizado um levantamento em relação ao aprendizado das crianças durante o ano de 2020 (100% on-line) e sobre os aspectos pedagógicos que precisavam ser revistos. Apesar de tudo, foi observado que as atividades do ano passado, mesmo sendo a distância, tiveram como resultado grande benefício ao ensino oferecido aos alunos. “Mesmo o saldo sendo muito positivo, tópicos como produção de textos, leituras em grupo e discussões realizadas em sala seriam muito melhor aproveitadas com o ensino presencial”, afirma a coordenadora. Em geral, a escola avalia que neste primeiro semestre as crianças já apresentaram grande desenvolvimento, tanto em relação aos novos assuntos abordados quanto aos assuntos do ano anterior. Resultados esses obtidos principalmente pelo grande empenho dos professores, com o retorno das práticas e do processo de ensino presencial.
No que se refere aos protocolos de segurança, Ana Carolina conta que no início houve grande preocupação por parte da escola, mas as crianças surpreenderam a todos com o retorno presencial e não tiveram nenhuma resistência quanto ao uso de máscara e de álcool em gel.
Um projeto que também sofreu adaptação foi o de história. Ana conta que, para realizar esse projeto, o Colégio contratou uma consultora, Antonia Terra, profunda estudiosa e renomada no ensino de história e em educação geral.
Dessa forma, iniciou-se o processo do Ensino Fundamental I, com as próprias professoras escrevendo os livros de história, trabalhando inicialmente com as origens do município e da região em que os alunos vivem, para assim começar a introdução da história do mundo, no Ensino Fundamental II.
O Colégio a ouviu atentamente e abordou o ensino sugerido por ela em 2017. Dessa forma, ficou decidido que os segundos anos passariam a trabalhar nas praças e jardins da cidade de Rio Claro. Os terceiros anos estudariam a história da ferrovia e, a partir disso, seria introduzida a história da cafeicultura e alguns elementos da história a partir da realidade local. Os quartos anos estudariam a expansão do município a partir da canalização do córrego. E, por fim, no quinto ano teve início o estudo da árvore genealógica de cada um, mencionando a ancestralidade. Chegou-se também a discutir sobre a família Koelle e sua origem alemã, abrindo uma brecha para o tópico da imigração.
Os livros produzidos são muito ricos e oferecem várias atividades para as crianças realizarem. Isso faz com que os alunos desenvolvam diversas habilidades que contribuem muito para o seu desenvolvimento.
Antes da pandemia, as crianças muitas vezes saíam em excursão e visitavam fazendas e parques da região. Nos dias de hoje, as professoras adotaram o uso do aplicativo Google Earth e, com ele, os alunos conseguem visitar lugares não só da região, mas do mundo inteiro, virtualmente.
“Tem sido uma ótima ferramenta e vem enriquecendo muito o aprendizado das crianças. Elas ficam sempre muito animadas quando as professoras mostram esses lugares em sala de aula”.
As crianças estão extasiadas com o retorno e as famílias anseiam bastante pelo momento de voltar 100% presencialmente, mas ainda assim os recursos proporcionados pelos dias de aula on-line estão sendo bastante aproveitados e a escola tem trabalhado muito bem com todas as vantagens que cada modalidade oferece, usando esses recursos em benefício do processo de aprendizagem das crianças.