Nesta edição, o Kara do Koelle conversou com Hannah Elizabeth North, aluna da 3ª série do Ensino Médio que está fazendo intercâmbio no Brasil. Ela nasceu em Limeira, porém passou a maior parte de sua vida na Inglaterra. O principal motivo pela sua volta para o Brasil foi uma cirurgia que não podia ser realizada na Inglaterra antes dos 18 anos. Ela gostou muito do país e da escola, por isso, decidiu permanecer morando aqui. Confira abaixo a entrevista:
KK: Qual é a maior diferença cultural entre as escolas do Brasil e as da Inglaterra?
Hannah: Foi muito chocante perceber que os professores tivessem tatuagens ou piercings e se vestissem tão casualmente, na Inglaterra nossos professores usam ternos, mas isso provavelmente não funcionaria no clima brasileiro. Também é algo novo para mim como as pessoas se dirigem aos professores com seus primeiros nomes ; temos que nos dirigir aos professores na Inglaterra como Sr. / Sra. e depois seu sobrenome.
KK: Quando você chegou no Brasil, qual foi o seu maior choque cultural?
Hannah: Quando cheguei, fiquei bastante surpresa por constatar quão acolhedoras e amigáveis as pessoas eram. Meu primeiro dia na escola aqui foi bem diferente do que experimentei nas escolas da Inglaterra. Assim que cheguei ao Colégio Koelle, já tinha alguém me pedindo um abraço.
KK: Como foi a sua adaptação no Brasil? Você já falava o básico de português?
Hannah: Quando cheguei, eu já conhecia um pouco de português na Inglaterra, minha mãe costumava falar com meu irmão e eu em português quando estávamos crescendo, embora meu português ainda fosse muito básico. No entanto, eu rapidamente me adaptei porque as pessoas aqui permaneciam pacientes, eram muito compreensivas e sempre me ajudavam quando eu precisava.
KK: Por que você escolheu o Colégio Koelle dentre todas as escolas do Brasil?
Hannah: Me deparei com o Colégio Koelle por causa da minha tia que trabalha na Cultura Inglesa. Foi-me apresentada toda a escola e membros da equipe, todos foram muito acolhedores. Eu tive uma ótima primeira impressão, então decidi ficar aqui.
KK: Qual foi a situação mais marcante que aconteceu com você aqui no Colégio Koelle?
Hannah: É uma pergunta difícil, porque há muitas, mas eu realmente gostei dos trotes, minha primeira festa junina e minha primeira gincana. Quase todos os dias são memoráveis porque sempre acontece algo diferente todos os dias, acho que não tive um dia normal no Koelle. É uma coisa boa.
KK: O que a motivou a tomar a decisão de passar um ano fazendo intercâmbio em outro país?
Hannah: Eu vim inicialmente para o Brasil para uma cirurgia médica, porque eu não tinha permissão para fazer na Inglaterra porque você tem que ter 18 anos para fazê-la, no entanto, meus problemas respiratórios eram muito ruins e minha família não queria que eu esperasse mais. Fui apresentada ao Colégio Koelle e decidi ficar.
KK: O que você sente mais falta da Inglaterra?
Hannah: Meu lado inglês da família, meus amigos mais próximos e meu cachorro, Sherlock. Também sinto falta do Halloween, porque todos os anos meus amigos e eu comemorávamos, nos vestíamos e saíamos com gostosuras, travessuras ou em noites mal assombradas e noites de terror. Eu realmente sinto falta de alguns dos alimentos que temos, especialmente as coisas mais doces, mas nada supera o brigadeiro.
KK: Qual foi a maior dificuldade pela qual você passou durante sua adaptação na escola?
Hannah: Durante a minha adaptação, a principal dificuldade foi a língua, o português é muito mais difícil do que pensei.
KK: Quais foram os maiores medos de mudar de país e deixar os seus amigos na Inglaterra?
Hannah: Eu tenho uma família muito pequena na Inglaterra que mal vejo porque eles moram bem longe de nós, então eu estava acostumada a não vê-los há algum tempo, mas sinto falta deles. Também fiquei com medo de ter dificuldade em fazer novos amigos, principalmente devido a diferenças culturais e barreiras linguísticas.
KK: Como está sendo sua experiência de viver em um outro país que fala uma língua diferente da sua?
Hannah: É bem difícil, mas com as pessoas falando o idioma todos os dias para mim, é mais fácil do que apenas estudar o idioma com um livro. O intercâmbio ajuda muito para aprender o idioma no dia a dia.
KK: Quais são os conselhos que você pode dar para pessoas que desejam fazer intercâmbio?
Hannah: Eu recomendo fazer se você tiver a chance, pois você tem a oportunidade de conhecer tantas pessoas novas, aprender um novo idioma que o ajudará em muitos aspectos da vida e descobrir novos lugares. É uma experiência que você nunca esquecerá. Eu nunca vou me arrepender de vir aqui, todo mundo é tão amável e acolhedor. Tenho muitas boas lembranças desse intercâmbio.
KK: Qual foi sua primeira impressão sobre Rio Claro?
Hannah: Eu morei em Limeira primeiro, porque é de onde minha família é e onde nasci, então realmente não vi muito de Rio Claro. No entanto, em outubro de 2018, nos mudamos para um apartamento em Rio Claro, muito perto da escola. Comecei a sair com meus amigos em Rio Claro, e eles começaram a me apresentar a novos lugares e eu adorei. É bem diferente de onde eu morava na Inglaterra.
Entrevista por Gabriela Imamura.